O que esperar de 2020 politicamente?
Atualizado: 10 de jan. de 2020
Inaugurando esse ano eu decidi inaugurar também esse espaço. Vou escrever alguns textos fazendo um giro político-jurídico semanalmente (idealmente) e publicá-lo aqui. O projeto maior ainda está por vir, mas decidi começar logo por essa plataforma. Então, seguimos:
O que esperar do ano de 2020? Para alguns, o último ano da década, para outros o primeiro. Sem dúvida, um ano interessante: bissexto, início dos anos 20 e, para quem gosta de números repetidos, o único ano que viveremos uma repetição: 20-20.
Para além das curiosidades numerológicas, o ano de 2020 trará um processo de remoção do presidente dos Estados Unidos; o processo de eleição do próximo presidente daquele mesmo país; o segundo ano do governo Bolsonaro; reformas administrativas, tributárias a serem discutidas no nosso Congresso e os problemas a serem superados que já nos acompanham há algum tempo: pobreza, desemprego, desigualdade etc. Vamos lá:
Nancy Pelosi terminou o ano de 2019 com uma jogada de mestra. Após a confirmação dos artigos de Impeachment os quais basearão o julgamento de remoção Donald Trump, a congressista decidiu "segurar" o envio do pedido ao Senado. Para entender o que significa isso, o partido republicano tem a maioria do Senado, quando as discussões na Câmara caminhavam para o Impeachment do Presidente, os senadores republicanos avisaram que trabalhariam para inocentar Trump. Com receio de que o julgamento no Senado não fosse parcial, Pelosi disse que não enviaria o pedido de remoção ao Senado a não ser que eles se comprometessem a fazer um julgamento imparcial.
Ao final, o que ela deverá ganhar é tempo para que a companha eleitoral siga enquanto Trump está "impeached". Se ele for inocentado pelo Senado agora, ele utilizará o fato de ter sido impeached enquanto era inocente como mote da campanha. Veremos como esta novela irá se desenrolar.
No Brasil, os desafios continuam os mesmos de 2019. Seguiremos acompanhando o governo e se ele conseguirá realizar as reformas necessárias. Acabamos o ano com a notícia de cortes em áreas sociais (saúde, educação, pesquisa e cultura) e investimento no fundo eleitoral. Teremos eleições locais esse ano e isso também será importante para acompanhar.
Importante acompanhar como o PSL irá se desenvolver depois de ter crescido bastante nas últimas eleições, mas ter rachado após a briga com o lado que apoia o Presidente.
Dificilmente, o novo partido irá conseguir o necessário para participar destas eleições. Não é impossível, mas acredito que seja difícil.
Promete ser um ano bem interessante. Vamos lá que já começou!