União
Hoje, finalmente, Donald Trump deixou a Casa Branca e não é mais o Presidente dos Estados Unidos da América. Há pouco mais de quatro anos atrás, quando vi o nome dele ser considerado para a candidatura do partido, eu ri. Achei que jamais aquilo daria certo. Bem, a história está aí para me provar o quanto estava errada.
O fim da Presidência de Trump e a chegada ao poder do democrata Biden com um discurso de união nos dá um fio de esperança. Foram quatro anos de reinvenção de fatos; de discurso inflamatório contra minorias; de uma vida de terror para os imigrantes e de felicidade para uma boa parte da população. Sim, vale lembrar que ele tem um grande número de apoiadores.
Os cientistas sociais ainda estudam esse grupo. Muitos são conservadores, saudosistas de uma época que não volta mais, mas são pessoas que se viram diminuídas com as conquistas de pessoas negras, mulheres, imigrantes, em governos anteriores. Não que a vida fosse perfeita para esses grupos, o achatamento de liberdades dos imigrantes começou no governo Clinton e depois do 11/09 nada foi como era antes.
De qualquer forma, existem diversas camadas complexas para entender esse grupo que hoje apoia o Trump (e pessoas como ele ao redor do mundo). Vivemos realidades paralelas com a ajuda da internet e das teorias conspiratórias. Pessoas estão à flor da pele e parece que estamos longe do fim, mas hoje é sobre esperança.
Não ter mais um líder que repete palavras de ordem e de terror ao vivo e nas redes sociais é algo que certamente deverá ter um efeito positivo na sociedade. Não ter mais um líder que elogia grupos supremacistas brancos e que manda "aos seus países de origem" os imigrantes, DEVE (com fé) contribuir para diminuir o tom do ódio espalhado entre as relações pessoais. Os jantares de família podem voltar a ser apenas entediantes.
Pensando no nosso ninho, no nosso Brasil. Espero também que o dia de hoje sirva como inspiração para 2022. Precisamos "VOTAR Bolsonaro fora". Sim, é votar mesmo. Precisamos ir às urnas massivamente, como fizeram os americanos e americanas. Cada voto em branco/nulo é um voto nesse projeto de governo, assim como foi em 2018. Só estamos nesse momento, porque também as pessoas estão cansadas de política.
Política não deve ser chato. Pelo contrário, ela é tão importante quanto saúde, religião, amor. Quando nos tornamos curiosos por entender mais o que acontece na política, tomamos as rédeas dos processos. Para isso, precisamos estudar e ler melhor. Escolher bem o que consumimos de informação. Dar preferência a fontes oficiais e de jornalismo sério.
Hoje, é um dia celebração para os americanos e americanas. Em 2022 será nossa vez. Votaremos massivamente em quem estiver do outro lado da briga e, sim, precisaremos tapar o nariz (assim como os americanos tiveram que fazer) e votar em quem for para pôr fim a este projeto de morte encabeçado por Bolsonaro. Teremos nosso momento também, já consigo ver a festa em Brasília!